AMAR AO PRÓXIMO.

05/02/2011 12:43

        O que é o amor? Na Bíblia, lemos: “O amor é paciente, é benigno; não é invejoso; não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.” (1 Co. 13:4-8).

        Uma idéia em moda hoje é “o amor é uma escolha”. Todavia, na sua palavra Deus não diz que podemos escolher amar, pelo contrário: “Isto vos ordeno: que vos ameis uns aos outros” (Jo 15:17). Mais: devemos amar até nossos inimigos. Somos ensinados a “nos proteger” e “não amar a quem não nos ama”. Porém, Jesus ensina a amar mesmo quem não seja digno nem merecedor de amor: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam” (Lc. 6:27-28). Em outra passagem, o Senhor esclarece ainda mais a questão: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. (...) porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mt. 5:44-46).

        Outra idéia contrária aos preceitos divinos é a de que devemos resolver as desavenças com nossas próprias mãos. Isto não é o que Deus nos instrui a fazer: “Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes. Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Não torneis a ninguém mal por mal. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: a mim pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm. 12:12, 14, 17, 19 e 21). O ensinamento divino é totalmente oposto ao que ouvimos, vemos, lemos e somos ensinados a fazer nos dias atuais! Somos chamados a seguir a Cristo e sermos seus imitadores, principalmente na forma como Ele reagia às ofensas e ao sofrimento: “... pois Ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se Àquele (Deus) que julga retamente” (1 Pe. 2:23).

        Mais um engano a que somos submetidos é pensar que confrontando, sendo rudes e firmes, conseguiremos mudar outras pessoas, fazer com que enxerguem que estão nos prejudicando ou ferindo. Ora, se este método fosse eficaz, Deus não usaria de bondade para nos atrair para o arrependimento! Afinal, pecadores não se aproximam para aceitar ao Senhor por pensarem que serão criticados ou castigados: “Ou desprezas a riqueza da Sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm. 2:4).

        Alguém pode lembrar quando Jesus irritou-se e virou as mesas no templo. Há quem use esse exemplo para dizer que temos “razão” ao sentir raiva, ódio dos outros e podemos fazer justiça com as próprias mãos. Novamente, a Palavra nos diz: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar; porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1:19-20). Quando temos o impulso de fazer ou dizer algo que não seja manso e amoroso, agimos segundo a carne, não o espírito: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer... Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl. 5:16-17, 22-23).

        Seguindo o exemplo e os ensinamentos de Jesus, vamos amar verdadeiramente o nosso próximo, seja ele quem for: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo. 13:34). Até mesmo porque “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Lc. 6:31).

        Graça, amor e paz!

        Aurélia Cabral Cezar

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