O AMOR (1 Co 13:1;4-8)
Todos conhecemos a magnífica descrição do amor feita pelo apóstolo Paulo. Sabemos que o amor é paciente, mas ficamos inquietos se tudo não sai como queremos. O amor não é orgulhoso, mas, por soberba, não perdoamos quem nos magoa. O amor não é rude, egoísta, não se irrita com facilidade ou mantém registro dos erros alheios, mas somos rudes e zangados, relembrando ofensas passadas em detalhes minuciosos. O amor persevera na adversidade, mas somos rápidos em desistir se as coisas ficam difíceis. O amor tudo espera, mas ficamos desesperados nas provações. O amor protege, mas machucamos pessoas queridas; em nosso egoísmo, ferimos e esmagamos os outros se tudo não sai de acordo com nossos planos. O Amor nunca falha, mas muitas vezes, não temos amor. Agimos sem amor todos os dias, não sabemos amar incondicionalmente.
Confessemos nossas falhas ao Pai, pedindo Sua misericórdia e perdão. Que Ele troque nosso coração duro por um coração novo que ame desinteressadamente, custe o que custar: “vos darei um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei um coração de carne”. (Ez 36:26) Que Deus nos torne a cada dia mais parecidos com Seu Filho, vendo os outros através de Seus olhos. Nunca é tarde para amar. Dediquemo-nos a ser exemplos vivos do amor de Cristo para todos que encontramos, especialmente nossos familiares.
Após sermos perdoados por Deus, peçamos perdão a quem magoamos. Não temos garantia de receber perdão, infelizmente. Alguns não estarão prontos ou dispostos. Sendo assim, deixemos tudo nas mãos de Deus. Oremos para que Ele cure os corações incapazes de perdoar. Não deixemos de amar. Cristo amou seus inimigos, orou ao Pai que perdoasse quem O amaldiçoou, bateu nEle e O pregou na cruz. Como servos de Deus, imitadores de Cristo, somos chamados a fazer o mesmo!
Não queremos ser tratados com a severidade que dispensamos a quem falha conosco: “perdoai as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos nossos devedores”. (Mt 6:12) Devemos reagir aos erros alheios da forma que esperamos que Deus trate os nossos! Quando não somos amorosos, vemos o quanto nossa vida carece da glória de Deus. Felizmente, podemos ir a Ele com nossas falhas, pedindo-lhe para nos limpar (de novo) e nos ajudar a fazer melhor amanhã, pois suas misericóridas se renovam a cada manhã..
“Misericórdia quero, não sacrifício. Não vim para os justos, mas para os pecadores”. (Mt 9:13) Felizmente, Jesus veio redimir os pecadores. Felizmente, Deus não escolhe os importantes, ricos ou perfeitos para o Seu Reino. Pedro negou o Senhor três vezes, mas Jesus o chamou de “Pedra” sobre a qual construiria sua igreja. Paulo era um assassino, mas Deus o escolheu para levar Seu evangelho por todo o Império Romano. E Deus nos escolheu para sermos seus instrumentos em nosso mundo, apesar das nossas falhas e deficiências. Não percamos a esperança. Não desistamos da busca em ser o que o Senhor sonhou para nós. Deus vai nos usar, apesar de nossos defeitos. Oremos uns pelos outros para que sejamos as pessoas santas que Deus espera que sejamos. Que nossos irmãos em Cristo, familiares e amigos sejam abençoados por nosso incansável compromisso de amar com o amor de Jesus.
Graça, paz e amor!
Aurélia Cabral Cezar