POR QUE DEUS PERMITE O SOFRIMENTO (POR UM TEMPO)?

25/06/2013 14:00

 

Você tem filhos? Já teve que tomar decisões difíceis, as quais você sabe que são para o bem de seus filhos, mas eles simplesmente não conseguem entender o porquê? Paulo adverte que não devemos desprezar a disciplina: “Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que Ele lhes dirige como a filhos: "Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho". Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Pois, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.”(Hb 12: 5-8;11)

Todavia, é difícil ver e esperar que a produção do “fruto de justiça e paz”, se somos indisciplinados e acostumados às comodidades desse mundo. Vivemos a cultura do “bem estar” e busca de satisfação imediata de nossos desejos, sem medir consequências. O treinamento na disciplina de justiça requer oração fervorosa e confiança inabalável na Palavra de Deus. Como pais, nós naturalmente disciplinamos nossos filhos para o seu bem-estar, mesmo que isso signifique impedi-los de estarem em uma situação na qual eles não veem mal nenhum. Afinal, como adultos responsáveis, temos mais experiência de vida, sabemos coisas uma criança não tem capacidade de compreender.

Para ilustrar isso, imaginemos o que faríamos se uma criança de três anos de idade, estivesse brincando no meio de uma rua movimentada. Sem hesitação, a resposta é tiraríamos a criança de lá. Mas e se ela estava feliz lá, ou pelo menos achava que era feliz? Depois de toda a emoção que ela viveu, sentindo o vento dos carros passando, o som das buzinas, vendo caminhões grandes de perto, ela estaria radiante. E certamente não gostaria de ser tirada de lá e levada para a segurança! Da mesma forma, nos sentimos injustiçados quando tudo não sai segundo nossa vontade. Mas por que ficamos aborrecidos diante de circunstâncias adversas, não estamos confiando no Pai Celestial para ser nosso Pai perfeito, para nos resgatar e fazer o que é melhor para nós, mesmo que doa? Ele não nos deixa sós no sofrimento, oferece-nos um refúgio, um porto seguro, gratuitamente, com muito mais alegria e felicidade que em qualquer outro lugar. Não somos abençoados por que Deus, nosso Pai, vê nossa situação de uma perspectiva mais ampla e sabe o que é melhor para nós?

Deus conhece nossa aflição, mas promete resgate e proteção para seus filhos: “Irmãos, não queremos que desconheçam as tribulações que sofremos na Ásia, as quais foram muito além da nossa capacidade de suportar, a ponto de perdermos a esperança da própria vida, pois já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos colocado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações. Assim muitos darão graças por nossa causa, pelo favor a nós concedido em resposta às orações de muitos.”(2 Co 1:8-11)

Já não temos recebido de Cristo a salvação? Ele não tem nos concedido refúgio seguro para a tempestade que porventura venha a assolar nossa vida? Deus não tem nos protegido de perigos e males que nem mesmo imaginamos, por sua graça e misericórdia? Será que Deus não tem permitido temporariamente o sofrimento para impedir-nos de perder a salvação de nossa alma? Deus não apenas promete, oferece socorro e proteção, mas também nos encoraja a olhar para o exemplo de resistência e obediência de Jesus. “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.”(Hb 12:1-2)

Por que Deus permite que o justo sofra por algum tempo? Muitas vezes, o Senhor permite a dor para remover de nós, Suas criações preciosas, aquilo que nos afasta dEle: nosso comodismo, falta de fé, conformismo com as situações desse mundo, buscando apenas a satisfação de nossos desejos. Nosso Pai Celestial, um Pai Perfeito, ao aplicar a disciplina em seus filhos, não hesita como nós, pais terrenos, fazemos. Suas ações simplesmente confirmam Sua Palavra. Ele quer que nos voltemos para Ele em nossos momentos de aflição.

Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Qual dentre vós é o homem que, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?”(Mt 7:7-11)

Ao lermos a Palavra de Deus, vamos descobrir promessas de resgate, segurança e força para resistirmos aos dias maus. Sua Palavra nos renova e revigora, surpreendente e maravilhosamente. Ele está trabalhando para que nossas dificuldades sejam superadas e nossas necessidades, supridas! “Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. "Façam caminhos retos para os seus pés", para que o manco não se desvie, mas seja curado. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”(Hb 12:12-14)

Graça, paz e confiança naquele que nunca falhará!

Aurélia Cabral Cezar